A mudança do paradigma da expansão urbana veio abrir caminho a uma nova dinâmica económica e social dos núcleos urbanos, passando a reabilitação urbana a assumir-se como componente indispensável da política do ordenamento e das normas de habitação.
Aqui se concertam propósitos de requalificação e revitalização do espaço urbano através da melhoria do parque habitacional, operando as zonas históricas degradadas e garantindo habitação salubre para todos os cidadãos.
A decisão do Executivo Municipal de Câmara de Lobos de avançar para a delimitação de uma ARU no principal aglomerado urbano da freguesia de Câmara de Lobos deve ser entendida numa dupla perspetiva, que se complementa: por um lado a necessidade de maximizar as oportunidades de cofinanciamento de projetos de iniciativa pública, que ao nível da reabilitação e refuncionalização de edifícios e equipamentos públicos, da requalificação de espaço público e qualificação do ambiente urbano, estão muito condicionadas à sua localização em ARU, e, por outro lado, à necessidade de induzir uma nova dinâmica privada à reabilitação urbana, através de um conjunto de incentivos de natureza fiscal, administrativa, regulamentar e financeira, que privilegie a densificação e colmatação urbana, em detrimento de um paradigma de desenvolvimento assente na expansão de perímetros urbanos.